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Mucosite: descubra o que é e como preveni-la!

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O tratamento contra câncer pode ser muito abrasivo para o corpo processar, entre um dos problemas que pode surgir, está a mucosite, conhecida também por mucosite oral.

Ao longo do ano temos campanhas que se dedicam em conscientizar a população sobre os tipos de câncer, como é o caso do mês de outubro e novembro.

Pacientes que passam por um período de tratamento de câncer, podem apresentar sintomas da mucosite oral, a partir disso, esse texto visa explicar o que ela é e como trata-la nessa fase crucial da vida do paciente. Vamos lá e tenha uma boa leitura!

O que é mucosite?

Ela pode ser definida como uma toxicidade que é causada pelo efeito da radioterapia, quimioterapia e outros agentes oncológicos.

Para quem não conhece ou não sabia, tratamentos oncológicos impedem que as células se multipliquem, de modo que buscam conter as células neoplásicas – que é quando a célula tem seu código genético alterado, mudando suas funções essenciais.

Apesar dos tratamentos buscarem focar só nas células neoplásicas, o mesmo acontece me outras células do nosso corpo.

Com isso, as nossas células que estariam saudáveis e que se replicam rapidamente, como as células da pele, da mucosa e células sanguíneas, são prejudicas. Podemos chamar essa situação de efeitos colaterais.

Nesse ponto, a mucosa oral também é afetada, podendo ter uma inflamação, descamação, erosões, úlceras, dor e sangramento local, alteração do paladar e infecção secundária.

Quando esses sintomas acontecem, é sinal de que o paciente pode estar desenvolvendo a mucosite oral.

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E o que é a mucosa?

De modo geral, podemos defini-la como um revestimento interno das cavidades úmidas do corpo que estão em contato com o meio externo, ou seja, a parte interna do corpo que ao mesmo tempo tem contato com a parte externa, direta ou indiretamente.

Exemplos disso, podemos destacar, o intestino, a bexiga, o trato respiratório e trato urogenital e a boca.

Essa exposição, pode deixar a mucosa sujeita a invasões microbianas, por isso, as mucosas dessas regiões possuem acúmulos de linfócitos na forma de nódulos linfáticos que estão associados ao tecido linfático difuso, a parte que protege o corpo.

Principais causas

O fato da mucosite oral ser um efeito colateral do tratamento de câncer, procedimentos como o de radioterapia na cabeça e pescoço são os principais a diagnosticarem o problema da mucosite.

Apesar de ser um resultado do processo tratamento oncológico, quando se trata da radioterapia, pode ocorrer a mucosite geralmente em torno da segunda semana de tratamento.

Já no caso da mucosite causada pela quimioterapia, em média, após 2 à 10 dias após o início da mesma podem aparecer os sintomas.

Causas da mucosite oral

causas da mucosite oral

Apesar do principal fator ser por meio dos tratamentos oncológicos, pacientes com as seguintes condições, estão propícios a desenvolverem o problema:

  • Resto de raízes;
  • Tártaro, má higiene oral, abscessos;
  • Presença de próteses mal adaptadas ou aparelho ortodôntico.

Pacientes nessas condições, são mais suscetíveis a mucosite. Isso acontece por causa de já terem problemas bucais, afinal, eles podem provocar complicações.

Além deles, também se enquadram nessa condição pacientes que fazem o uso do álcool e tabaco, que em casos que já possuem podem agrava-la ainda mais.

Sintomas da mucosite oral

Podemos destacar os seguintes sintomas da mucosite:

  • Eritema (vermelhidão);
  • Edema (inchaço);
  • Sensação de queimação;
  • Aumento da sensibilidade a alimentos quentes e condimentados
  • Lesões ulcerativas (feridas), às vezes sangrantes, comprometendo principalmente lábios, língua, mucosas, gengivas e garganta;
  • Alterações na qualidade da saliva e da voz;
  • Dor;
  • Dificuldade em deglutir (engolir);
  • Incapacidade de se alimentar.

Outros efeitos que as terapias anti-neoplásicas podem causar, são: xerostomia, trismo, cárie de radiação, mucosite, osteorradionecrose.

Caso sinta ou identifique qualquer um dos listados acima, busque ajuda profissional o quanto antes, para que assim possa começar o tratamento o mais rápido possível.

Mucosite: graus

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mucosite oral pode apresentar graus, sendo do mais leve até o grau mais grave do problema.

Neste caso, temos a seguinte escala:

Grau 0 – aqui, é marcado pela ausência de mucosite, ou seja, ausência da anormalidade;

Grau I –  já nesse grau, tem a presença da úlcera indolor, o eritema, além de poder ou não estar acompanhado de dor, mas não há necessidade do uso de analgésicos;

Grau II – presença de eritema doloroso, área edemaciada, ou úlceras, não havendo a necessidade de analgésica e alimentação com sólidos;

Grau III – presença de úlceras dolorosas onde há interferência na alimentação do paciente, alterando a dieta para líquidos e o uso de analgésicos;

Grau IV – onde os sintomas são severos e o paciente necessita de alimentação parenteral, com o uso de sondas.

Saber qual o grau da mucosite é de extrema importância, pois ao saber isso, é possível determinar se para ou dá continuidade ao tratamento oncológico, porque há casos em que o tratamento oncológico precisa ser interrompido.

Mucosite tratamento

De modo geral, para tratar mucosite é necessário a prescrição de analgésicos e anestésicos locais, prescrevidos por profissionais especializados.

A ação destes medicamentos tem como controlar a dor. Entre os analgésicos que podem ser indicados, temos a codeína, que está associada ao paracetamol.

Outros remédios são utilizados opióides pela inibição da recaptação da serotonina e da dopamina, que geralmente são utilizados para tratar mucosites grau III e IV.

Há também o tratamento com laserterapia, que pode ser aplicado por odontólogo especializado, que é um adicional importante para amenizar o problema.

Porém, existem medicamentos caseiros como a aplicação de chá de camomila de 04 a 05 vezes ao dia, e crioterapia, que é indicada por sua função analgésica em alguns casos da mucosite causada pela quimioterapia.

Tem a possibilidade de utilizar a ingestão de água gelada ou pequenas porções de gelo colocadas na cavidade oral, em contato com as áreas afetadas até o seu derretimento.

Por ser uma reação ao tratamento de câncer, é interessante analisar que pode haver impactos colaterais no organismo. Sendo assim, é preciso que tenha atenção a esses sinais, para que não possam comprometer a saúde durante o processo de tratamento.

Por que a mucosite é uma ameaça?

É preciso ficar atento, pois ela pode causar um comprometimento na evolução do tratamento. De modo que o paciente possa apresentar um quadro de febre mais grave e/ou infecções.

A consequência disso, seria a de interromper ou diminuir a administração dos medicamentos, prejudicando o processo de câncer hematológico.

Exemplos como leucemia – câncer que ataca principalmente a corrente sanguínea, sendo necessário nos casos, um transplante de medula óssea.

Pacientes que lidam com esse tipo de câncer, passam por um protocolo de quimioterapia muito agressivo. Essa condição pode gerar inúmeros efeitos colaterais, como a mucosite em estágio grave, que pode até colocar a vida do paciente em risco.

Como prevenir a mucosite?

É importante dizer que a prevenção ou diminuição dos sintomas da mucosite é feita após uma avaliação odontológica prévia ao tratamento.

Nesse momento, além da limpeza que pode ser feita, pode ser que sejam necessários procedimentos mais invasivos, por exemplo, a extração dentária em alguns casos.

A partir disso, cuidados bucais adequados, como o uso de escova com cerdas macias, uso de enxaguantes bucais sem álcool, e principalmente a base de Clorexidina e bochechos com bicarbonato são algumas medidas que ajudam a prevenir o quadro.

Busque investir sua alimentação, porque ela pode ser uma grande aliada na prevenção da mucosite, a partir do momento que sejam evitados alimentos ácidos, apimentados, secos e salgados que podem irritar a mucosa da boca.

Você pode manter sua saúde bucal em dia, consultando um dentista regularmente para avaliar a sua condição. Para afazer isso, você pode clicar aqui e agendar sua avaliação!

Afinal, gostou do nosso texto? Tem alguma dúvida ou sugestão? Deixe seu comentário!

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