Estomatite herpética: o que é, tratamento e formas de contágio

A estomatite herpética é uma das principais lesões bucais que comprometem a zona bucal.

Veja o que é a estomatite herpética, suas formas de contágio e qual a melhor forma de tratamento:

O que é estomatite herpética?

A estomatite herpética é um tipo de lesão bucal capaz de comprometer não só a estética, mas também as funções da boca.

Suas feridas são classificadas pelo aparecimento de manchas avermelhadas ou amarronzadas, de centro esbranquiçado, seja na gengiva, língua, interior das bochechas e ao redor dos lábios, podendo afetar até mesmo a garganta. Tendem a proporcionar fortes dores e devem ser tratadas o quanto antes.

A essas lesões também pode ser dado o nome de enantemas. Normalmente, tendem a desaparecer entre 7 e 14 dias.

É comum que essas anomalias sejam confundidas com aftas, contudo, são originadas de uma infecção pelo herpesvírus humano simples do tipo 1 (HSV-1). A doença também é conhecida como gengivoestomatite herpética, e está associada ao primeiro contato com o vírus.

Esse tipo de processo inflamatório normalmente é mais comum na infância, entre os 6 meses e 5 anos de idade. No entanto, pode atingir qualquer faixa-etária, tal como adolescentes, jovens e adultos que não tenham tido uma exposição prévia ao HSV.

Quais são os sintomas da estomatite herpética?

Os sintomas da estomatite herpética vão além do aparecimento das manchas avermelhadas na mucosa oral.

Entre os principais sintomas da estomatite herpética:

• Formação de edemas nos lábios;
• Dor na boca;
• Gengivas avermelhadas;
• Sangramento gengival;
• Halitose (mau hálito);
• Febre;
• Mal-estar;
• Irritabilidade;
• Perda no apetite;
• Insônia;
• Dor de cabeça;
• Dor nas articulações;
• Aumento dos gânglios – quando na garganta.

Dessa forma, o paciente com estomatite herpética pode, por meio das fortes dores, evitar a comer e a beber, e em casos de grandes lesões, pode sentir até mesmo dificuldade para falar.

Como é o contágio da estomatite herpética?

Uma vez que a estomatite herpética se trata de uma doença causada pelo vírus da herpes, mais especificamente o vírus HSV-1, é contagiosa.

Assim sendo, tão importante quanto o tratamento, deve-se considerar a sua prevenção. Para evitar o contágio é necessário considerar que o vírus é transmitido por contato, seja direto por beijos ou por saliva, ou pelo compartilhamento de objetos, louças, itens de maquiagem ou de higiene bucal.

Dessa forma, ao ter contato direto ou indireto com o vírus, deve-se lavar bem as mãos logo após e não levar as mãos à boca ou aos olhos.

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Como é o tratamento da estomatite herpética?

Antes do paciente ser encaminhado ao tratamento mais indicado para a estomatite herpética, é necessário que seja feito o diagnóstico pelo dentista ou médico.

Para que haja o diagnóstico, o profissional irá avaliar as características das feridas e, se necessário, encaminhar o paciente para exames laboratoriais, sendo possível identificar o tipo de vírus ou identificar outras possíveis motivações para as lesões.

Dessa forma, quanto ao tratamento da gengivoestomatite herpética, não há uma abordagem definitiva, sendo mais comum a prescrição de um medicamento.

Na maioria das vezes, o antiviral mais indicado é o aciclovir, que deve ser usado nas primeiras 72 horas das manifestações da doença. Esse fármaco irá atuar diminuindo o tempo de contágio, a reaplicação do vírus, a gravidade das lesões e o risco de complicações da doença. Possui efeito até o vírus parar de se proliferar.

No caso de pacientes que sentem fortes dores devido às lesões e estejam com sintomas de febre, também pode ser feita a prescrição de medicamentos analgésicos ou antitérmicos. Anti-inflamatórios também podem ajudar a amenizar os sintomas.

Além da medicação, é necessário ter cuidados com a alimentação e hidratação, devendo se optar por comida de tendência líquida e pastosa, morna ou fria, evitando alimentos muito ácidos, salgados e condimentados.

Deve-se levar em conta que o tratamento da estomatite herpética deve ser feito o quanto antes, considerando que com o tempo a situação pode agravar com o aparecimento de úlcera bucal e de cicatrizes após o tratamento. O tratamento pode levar de 10 a 14 dias, contudo, há o risco de ocorrer novos surtos devido ao fato do vírus já se manifestar no organismo.

Visitas regulares ao dentista

As visitas regulares ao dentista são essenciais para que sejam mantidos os cuidados quanto à saúde bucal e a prevenção de problemas como a estomatite.

É pelas visitas ao consultório odontológico que se é possível identificar as complicações e o aparecimento das lesões em sua fase inicial, havendo assim o tratamento precoce.

O indicado é que as visitas ao dentista sejam feitas periodicamente, ao menos 2 vezes ao ano (de 6 em 6 meses).

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