Estomatite em bebê: causas, o que é bom e quanto tempo dura

A estomatite é um dos problemas mais recorrentes em bebês e mesmo que não seja capaz de trazer danos graves, é contagiosa e deve ser tratada o quanto antes.

Saiba aqui como é o contágio da estomatite em bebê, seus sintomas e melhores formas de tratamento:

O que é estomatite?

A estomatite se trata do aparecimento de úlceras na mucosa bucal resultantes de um processo inflamatório. Essas lesões podem surgir na extensão da língua, lábios, gengiva e bochechas.

Contudo, mesmo não sendo uma doença muito grave, as lesões causadas pela estomatite são capazes de causar leves dores à moderadas, além de levarem a formação de edemas e vermelhidão no local.

A estomatite pode ser causada por uma série de causas específicas, podendo ser devido a traumas, bactérias, fungos, vírus, reações alérgicas, doenças específicas, higiene bucal debilitada, tabagismo, reações a alimentos quentes e bebidas alcoólicas.

Essa complicação pode atingir todas as faixas etárias, mas apresenta casos recorrentes já nos primeiros meses e anos de vida, em bebês e crianças de 2 a 5 anos, em fase de socialização.

Quais são as possíveis causas da estomatite em bebê?

Em bebês, a principal causa do aparecimento das lesões na mucosa são as infecções por vírus.

Na maioria dos casos, o contágio é feito pelo vírus da herpes (Herpes Simplex Virus – HSV), que pode ocorrer por beijos, compartilhamento de objetos e de itens de higiene bucal, pelo contato direto com a pele e secreções de uma pessoa infectada. Colocar a mão contaminada na boca e o uso de chupetas e bico sem a lavagem e esterilização correta também são uma das motivações da estomatite herpética.

Em bebês, é comum que seja apresentado um quadro agudo de inflamação como a gengivoestomatite herpética aguda, também sendo possível pela candidíase pseudomembranosa, causada pelo fungo Candida albicans e que é popularmente chamada de sapinho nesse período, e pelo vírus da família coxsackie, da doença mão-pé-boca.

Clima frio, ambientes fechados e aglomerações podem facilitar a transmissão das viroses.

Essas infecções são recorrentes na infância, já que apresentam um sistema imunológico pouco desenvolvido e sensível. A forma de se contaminar por essas doenças são semelhantes, devendo os responsáveis zelar pela segurança e higiene dos bebês.

Vale ressaltar que em casos especiais, a medicação excessiva por determinado fármaco pode levar ao aparecimento das úlceras, fazendo que o processo inflamatório ocorra de forma natural.

Quais são os sintomas da estomatite em bebê?

Na maioria das vezes, o primeiro sintoma da estomatite infantil costuma ser febre constante. Os sintomas de febre costumam estar presentes por mais de 3 dias, no qual ela permanece alta.

Em seguida, é possível perceber sinais de mudança de comportamento, já que a criança tende ficar mais irritada e ter falta de apetite.

Uma vez que, em comparação com crianças mais velhas, os bebês apresentam maior vulnerabilidade, caberá à observação dos responsáveis perceber que algo está errado e recorrer a um dentista ou a um médico.

Com o aparecimento das úlceras fica-se ainda mais fácil perceber que há a presença de algum problema bucal. As bolhas na boca características da estomatite caracterizam-se por pequenas bolhas de água nos lábios e mucosa oral. Com isso, antes de elas surgirem, é comum também que haja formigamento e coceira na região.  

Com o seu rompimento natural ou graças ao tratamento, pode-se formar machucados na boca.

Como é o tratamento da estomatite em bebê?

Ao contrário do que se pode pensar no início dos sintomas, a estomatite não se trata de uma doença grave e não traz riscos à criança. Contudo, uma vez que causada pelo vírus da herpes e se não tratada em sua fase inicial, a complicação pode chegar a atingir a córnea dos olhos, provocando danos irreversíveis à visão.

Dessa forma, é muito importante que a estomatite seja diagnosticada e tratada logo no início. O diagnóstico pode ser feito pelo odontopediatra ou por um pediatra que indicará os medicamentos adequados para um tratamento sintomático.

Assim, o tratamento vai variar dependendo dos sintomas percebidos, podendo ser prescrito um antitérmico para que haja o controle da febre. Antissépticos e anti-inflamatórios também podem ser indicados para a amenização da inflamação e desconforto, antifúngicos em caso de infecção pelo coxsackie e antivirais, como Zovirax em caso de herpes.

É importante que a boca do bebê se mantenha sempre higienizada, uma vez que a limpeza mal feita da zona bucal pode fazer com que o quadro se agrave.

Nos primeiros meses de vida, o ideal é que a higiene bucal seja feita por meio de uma gaze umedecida com água fresca, ou, em caso de que a dentição decídua já tenha aparecido, ser feita por uma escova de cerdas macias.

Quando há dificuldade na ingestão de alimentos e bebidas por parte do bebê, deve-se prezar por comidas geladas e por alimentos de aspecto pastoso, e evitar alimentos ácidos. Devido às dores sentidas, é importante se atentar quanto a hidratação e a amamentação do bebê, que deve acontecer com cuidado.

O tratamento da estomatite tende a durar 2 semanas, conseguindo controlar os sintomas quando feito da forma adequada.

No entanto, em casos de infecção por vírus, o microrganismo tende a permanecer no organismo em estado latente, podendo voltar a agir na zona bucal em episódios em que o sistema imunológico se encontra enfraquecido. Dessa forma, a preocupação com o estado do sistema imune deve persistir ao longo da vida.

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Visitas regulares ao dentista

As visitas regulares ao dentista são essenciais para que a saúde bucal fique em dia.

É pelas visitas ao consultório odontológico que o dentista é capaz de avaliar a zona bucal, orientar quanto aos bons hábitos, perceber e tratar os problemas bucais em sua fase inicial.

O ideal é que as idas ao odontologista ocorram desde o aparecimento dos primeiros dentes e ocorram de forma periódica, ao menos 2 vezes ao ano (de 6 em 6 meses).

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