Qual o problema da chupeta para a saúde bucal?
A chupeta é contraindicada pelos dentistas, considerando os males que a longo prazo o objeto é capaz de proporcionar à saúde bucal.
Veja aqui tudo o que você precisa saber sobre a chupeta e quais são os seus efeitos negativos para as estruturas da boca.
Aqui você vai encontrar:
O que é chupeta?
A chupeta, também chamada de bico, chucha ou pipo, é um dos principais instrumentos utilizados para acalmar crianças na infância, sendo um dos favoritos dos pais. Contudo, o seu uso prolongado é capaz de trazer danos à arcada dentária, sendo um dos vilões da saúde bucal em longo prazo.
O bico, por sua vez, é a simulação de um mamilo de silicone, perfurado, em que o bebê faz a sua sucção. A maioria desses objetos são compostos por uma tetina, uma base para a boca, e a pega, outra para que ele pegue com a mão e impede que a criança acabe se sufocando ou engolindo a chupeta.
Por ser um pacificador muito útil na grande maioria das vezes, os danos à dentição causados tendem a ser deixados de lado no calor do momento, e pelo uso da chupeta ser visto como algo normal e inofensivo. Já é de se imaginar que o seu uso tende a ser contraindicado pelos odontologistas, e nesse artigo você irá saber porquê.
O meu filho pode ou não usar chupeta?
O hábito da sucção de chupeta também é chamado de hábito de sucção não nutritiva, e por conta da opinião da odontologia a seu respeito, o seu uso ou não costuma ser uma dúvida comum entre os pais.
No entanto, ele pode ser usado de uma forma consciente, após completado um mês de idade, e de forma que não acabe prejudicando a dentição no futuro. Para isso, o seu uso deve ser feito apenas em bebês e crianças de tenra idade.
Logo, mantendo e controlando esse hábito apenas nos primeiros anos de vida, a criança não sofrerá consequências significativas no futuro. Assim, o problema real mesmo está no uso prolongado da chupeta.
O recomendado pela Associação Brasileira de Odontopediatria (ABO) e o Ministério da Saúde é que o uso do bico se limite nos 3 anos de idade, sendo o ideal que o processo de retirada do hábito seja feito gradualmente até os 2 anos, já que há a possibilidade de autocorreção de certas desarmonias causadas as arcadas dentárias.
É importante considerar que o hábito de sucção do bico está associado à promoção de afeto e segurança ao bebê, necessidade que também pode ser suprida com a prática de aleitamento materno. Evidências científicas revelam que crianças amamentadas no peito por pelo menos 6 meses estão menos suscetíveis a desenvolverem hábitos de nutrição não nutritiva.
Casos em que a amamentação natural não pode ser realizada, o uso do bico é visto como alternativa.
Chupeta e saúde bucal
As consequências da chupeta tendem a ficarem evidentes na décima oitava semana de vida uterina.
Uma vez que a criança já possui todos os dentes na boca, o uso da chupeta de forma prolongada pode motivar uma série de problemas bucais, entre eles a mordida aberta anterior, que é a ausência de contato entre os dentes anteriores (da frente), enquanto os dentes posteriores, os de trás, mantém o contato.
Entre demais pontos negativos estão:
Alteração do tônus muscular da musculatura bucal: nesse contexto, a fala pode se desenvolver com falhas, e demais funções, a mastigação, deglutição e respiração podem aparecer com disfunções. O lábio superior acaba por ser reduzido e o inferior tende a ficar mais flácido e virado para fora, com isso, não é possível ocorrer o selamento labial.
Influência negativa na amamentação: como vimos, o uso da chupeta possui relação com o uso da chupeta. Considerando essa relação, estudos apontam que crianças que desmamam de forma antecipada tendem a usar chupeta com uma maior frequência do que as que são amamentadas por um período maior.
Síndrome do respirador bucal: o ar que é inspirado pela boca não passa por um processo de filtragem, aquecimento e umedecimento fisiológico, fazendo com que o sistema respiratório esteja mais suscetível a doenças e complicações.
Deformações esqueléticas faciais: é comum que haja o aparecimento de deformações esqueléticas faciais por conta da ausência de bicos comerciais similares ao bico do peito. Mais de 70% das crianças que possuem hábitos de sucção não-nutritiva têm algum tipo de maloclusão (mordidas abertas ou cruzadas).
Infecção de ouvido: crianças pequenas que fazem o uso do bico possuem um risco um pouco maior de desenvolverem infecção de ouvido em comparação com bebês que chupam o dedo.
O que os pais devem fazer para diminuir as complicações nas arcadas dentárias?
Mesmo na faixa etária em que a sucção da chupeta é aceitável, é importante que o hábito seja controlado, e que a chupeta não seja disponibilizada o tempo todo. Dessa forma, é contraindicado deixar o objeto em fácil acesso em qualquer momento para a criança, podendo agravar os efeitos da prática.
Ainda considerando o controle necessário, os pais ou responsáveis devem se certificar de oferecer o bico somente quanto a criança solicitar, ou em momentos de nervosismo e sono, jamais oferecendo a mais do que necessário. Uma vez que a chupeta consegue cumprir a sua função, ela deve ser removida com cuidado.
Em situações em que a criança cair no sono, deve-se remover o acessório de sua boca caso ela não fique resistente.
A ABO em harmonia com o Ministério da Saúde determina que uma importante ação preventiva ao uso prolongado da chupeta é o incentivo ao aleitamento materno, que deve ser exclusivo nos seis primeiros meses de vida. O uso da chupeta pode ser feito em casos em que o aleitamento não seja suficiente para satisfazer as suas necessidades de sucção e de forma complementar à sucção na fase em que esse exercício funcional é relevante.
Afinal, como eliminar o hábito de sucção da chupeta?
Para que a criança largue a chupeta de forma tranquila, é necessário que os pais utilizem gradualmente de medidas não traumáticas, já que questões emocionais estão envolvidas.
Como já dito, a remoção do hábito deve ser feita de forma gradativa, sendo a tirada definitiva feita no momento em que seja feita a observação de ser ideal. Para que esse momento seja detectado, o ideal é que haja o acompanhamento odontológico.
É importante que a visita ao odontopediatra seja feita o mais cedo possível, com o aparecimento dos primeiros dentes de leite, ainda no primeiro ano de vida, justamente para que haja esse acompanhamento. A interrupção normalmente é orientada até no máximo aos 36 meses de idade.
A interrupção do hábito deve ser conversada, com o adulto apontando os seus pontos positivos e contar com a ajuda de toda a família para isso. A troca do bico por atividades que a criança goste pode ajudar no início.
Entender o motivo do choro da criança pode ajudar nesse período de adaptação, já que pode indicar outros fatores e não a falta da chupeta, como fome, sono, e desconforto.
Caso com o tempo os pais e o odontopediatra percebam um fator emocional ou psicológico, a criança deve ser encaminhada a um psicólogo que irá auxiliar na eliminação do hábito pela detecção da causa do transtorno.
Chupeta convencional ou chupeta ortodôntica, qual a melhor?
O odontopediatra pode, em meio às consultas, indicar qual o melhor tipo de chupeta para bebê.
De acordo com o Centro Médico da Universidade de Rochester as chupetas feitas de silicone são preferíveis, já que são menos favoráveis para a proliferação de germes em relação às feitas de plástico macio ou látex.
Quanto à definição de chupeta não ortodôntica e ortodôntica, as não ortodônticas ou tradicionais, são caracterizadas pela parte que fica na boca da criança ser arredondada, enquanto as ortodônticas são mais quadradas e planas.
A chupeta ortodôntica, ou anatômica, imita o formato do mamilo da mãe enquanto a criança está mamando, se adaptando ao movimento natural da língua do bebê, segundo o Centro Médico da Universidade de Rochester.
A chupeta ortodôntica é a melhor opção segundo os dentistas, já que além da maior promoção de conforto ao bebê também faz com que haja o menor risco de problemas de má oclusão (mordida) no futuro. Além disso, o bico anatômico mantém os lábios em uma melhor posição, interferindo menos na alteração do palato.
Por fim, pendurar cordões ou outros acessórios na chupeta é contraindicado, já que aumenta o peso do objeto e acaba por comprometer a dentição. Além disso, há o risco de ficar enrolado no pescoço.
Visitas regulares ao dentista
As visitas periódicas ao consultório odontológico são determinantes para a manutenção da saúde bucal em dia, tal como a saúde geral. A periodicidade indicada é de 6 meses a 6 meses.
É por meio da ida ao dentista que se é capaz de detectar os problemas relacionados à saúde bucal em sua fase inicial, fazendo com que seja maior a probabilidade de sucesso de tratamento.
Logo, é por meio das visitas regulares ao dentista que se consegue não só um sorriso mais bonito, mas também uma melhor qualidade de vida.
O seu sorriso é nossa prioridade! Confie na OralDents!
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