Pericoronarite: conheça seu tratamento e sintomas
Pericoronarite se trata de uma inflamação dentária que atinge o dente que se encontra coberto parcialmente pela gengiva. Esse estado muitas vezes é resultado da falta de cuidados, que é circunstancial ao dente, também parcialmente irrompido, que está dentro do osso.
Assim sendo, a pericoronarite é bem mais comum nos dentes sisos, reforçando a importância dos cuidados com os molares.
Saiba mais sobre essa condição e suas demais particularidades. Boa leitura!
Aqui você vai encontrar:
Pericoronarite, o que é?
A pericoronarite no mundo odontológico, se remete a um processo inflamatório, infeccioso ou não, que se desenvolve ao redor da coroa de um dente que não se encontra erupcionado; coberto de forma parcial pela gengiva e que ainda está se desenvolvendo abaixo dela.
Isso acontece quando a coroa dentária está na zona bucal e o resto de seu corpo abaixo da gengiva, fazendo com que uma parte relevante ainda esteja no interior do osso alveolar, osso que faz parte da sustentação da dentição.
O acúmulo de restos de alimentos nessa região e o fato dela ser de difícil acesso, faz com que a escovação não seja suficiente para a remoção. É por meio da debilidade na higienização que a infecção e inflamação acontecem.
Nessas consequências, os principais sintomas desse quadro são inchaço na região e dor intensa, além de influenciar a halitose, mau hálito.
Quais são os sintomas da Pericoronarite no siso?
Entre os sinais e sintomas mais comuns à pericoronarite estão o inchaço; edema, dor no local, mau hálito, febre e dificuldade ao engolir certos alimentos. A pericoronarite em certas intensidades pode influenciar um estado em que os movimentos realizados pela mandíbula se tornam difíceis, chamado Trismo.
O trismo pode se desenvolver gradualmente e acabar por atingir casos mais intensos. Nesse caso, é necessário que o paciente seja internado quando os cuidados ambulatoriais não se mostram suficientes.
Entre os demais sintomas estão: a inflamação gengival por um abcesso ou edema, sangramento gengival, tecidos moles ao redor da área afetada, dor durante a mastigação, difusão da dor para a garganta, ouvido e cabeça, sangramento gengival, formação de pus, aumento dos gânglios do pescoço, mal-estar, além de casos de adenopatia ou hipertrofia.
Os sintomas da pericoronarite aparecem geralmente na faixa-etária dos 20 e os 30 anos, já que é o período em que os dentes sisos aparecem acima da gengiva. Esta fase é demarcada pelo incomôdo e pelas dores no local.
Quais as causas da Pericoronarite?
A Pericoronarite, como dito, se inicia pela má escovação e pela ausência dos bons hábitos complementares, que são o fio dental e o enxaguante bucal. O dente que por sua vez está incluso, tende a ser o ambiente ideal para a proliferação de bactérias.
A dificuldade de acesso dos sisos permite que essa condição se desenvolva, mesmo que esses componentes da arcada se encontrem irrompidos em sua totalidade, como é o caso dos sisos da proximidade do ângulo mandibular.
Doenças gengivais ou Pericoronarite
A Pericoronarite pode ser confundida com a gengivite e a periodontite, isso porque seus sintomas se assemelham em certo ponto. Entretanto, a pericoronarite se trata de um processo inflamatório especificamente nos tecidos moles do dente semi-incluso ou incluso perto do ângulo mandibular.
No entanto, a gengivite se desenvolve no mesmo local, mas de forma mais abrangente. A doença periodontal, que é a evolução da gengivite, por sua vez, compromete os tecidos duros, esses que estão relacionados aos elementos dentários que também estão relacionados a infecção por bactérias.
Como é feito o tratamento da Pericoronarite?
Nessas circunstâncias, o tratamento é de acordo com as indicações e orientações do dentista, que comumente solicita a medicação por analgésicos e anti-inflamatórios, como o Paracetamol e o Ibuprofeno, para amenizar a dor.
Em casos de infecção aparente, se indica um antibiótico para combater a infecção, como a Amoxicilina.
Em casos em que o paciente não percebe os sinais da infecção, o odontologista o encaminha para um processo cirúrgico para remover o excesso de gengiva; gengivectomia, ou extrair o siso após o dente desinflamar. A execução da gengivectomia tem como finalidade facilitar a saída do dente.
O mais relevante nesses casos de extração é que se remova o tecido pericoronário, o enviando para a avaliação de um patologista bucal. O dentista, então, analisa o material do dente em função da possível evolução do ceratocisto odontogênico, um dos tumores que podem se desenvolver no local.
Agora, na falta de necessidade da extração e na presença da inflamação constante, o tratamento será feito pelo acompanhamento de um estomatologista, que realizará o controle da situação.
Por fim, o tratamento da pericoronarite perdura por alguns dias, mas, uma vez que não realizado da maneira adequada, e na falta da higiene bucal devida, complicações podem aumentar o seu tempo de duração.
Tratamento para o inchaço dos sisos
O tratamento se casos não tão graves pode ser feito por uma abordagem com água oxigenada, com clorexidina; uma substância antimicrobiana, e com o consumo de analgésicos.
Já nos graves, os sintomas identificados são a dor mais forte, que pode evoluir para o ouvido e cabeça, a febre, rosto inchado e dificuldade no movimento de abertura da boca.
Cabe ao dentista analisar qual procedimento será feito e como o paciente deverá se prostrar durante o processo do tratamento. Quanto mais rápido realizar a visita ao especialista, se consegue evitar que o estágio evolua para um mais grave, assim como casos raros de hospitalização.
Qual o tratamento caseiro para a Pericoronarite?
Quanto ao tratamento desse tipo de inflamação de modo caseiro, é feito visando somente ao alívio dos sintomas. Desse modo, os métodos não substituem a visita ao dentista, devendo ser apenas soluções no meio tempo.
Logo, é feita a colocação de uma compressa com água gelada na pele acima do dente afetado, devendo durar cerca de 15 minutos para ter efeito.
Ademais, pode-se ser feito um bochecho com água morna e sal, já que colaboram na eliminação dos agentes infecciosos no local, além de ajudar na cicatrização.
Entretanto, o paciente só pode aderir essa técnica se a fizer sob a orientação do odontologista, uma vez que pode gerar risco de agravamento ao seu quadro clínico.
Pericoronarite pode matar?
Como qualquer outra infecção dentária, caso não seja devidamente tratada, a pericoronarite é capaz de levar o paciente ao óbito. Não se trata de uma consequência comum, mas caso as dores dessa condição sejam subestimadas, o seu estágio mais grave pode causar danos graves ao paciente, e assim, a morte.
Uma infecção bucal é capaz de, até mesmo atingir o cérebro, se não receber o tratamento, chegando ao ponto de ser intratável.
Dessa forma, se atende desde a fase inicial do problema com o dente rachado, não deixando que a infecção aconteça e evolua. O abscesso dental é capaz de evoluir rapidamente, requerendo o apoio profissional enquanto antes.
A importância de uma higiene bucal adequada
Ainda para o tratamento da pericoronarite, a adesão dos bons hábitos de higiene bucal se tornam ainda mais decisivos. Essa importância se enfatiza ainda mais diante dos casos de pericoronarite de curto período, que ocorre quando os dentes sisos começam a nascer.
Logo, a técnica de escovação correta, o uso do fio dental e do enxaguante bucal se tornam ainda mais relevantes.
A escovação deve ser feita ao menos duas vezes ao dia, sendo ao acordar, nos intervalos entre refeições e ao se deitar. A passagem do fio dental deve ser diária, assim como o bochecho com o antisséptico bucal, que deve durar ao menos 30 segundos.
Assim, se ameniza o desconforto e se reverte a situação.
Visitas regulares a clínica odontológica
Assim como os cuidados com a higiene bucal, as visitas regulares ao dentista são capazes de evitar e tratar o problema. É pela análise feita pelo odontologista que se percebe as rachaduras e se realiza o tratamento precoce da infecção.
O diagnóstico leva em conta os sintomas que a pessoa apresenta, além da avaliação feita do tecido gengival e dos exames de imagem requeridos. Nesses exames de imagem, se observa ainda a posição dos dentes e como está o desenvolvimento do siso. É assim que o especialista define o tratamento ideal.
Portanto, a manutenção da saúde bucal e um sorriso mais bonito dependem dessa ação preventiva.
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