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Endocardite bacteriana: o que é e por que se preocupar?

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Saúde bucal é assunto sério. Quando é deixada de lado, a lista de doenças que podem se desenvolver é bem grande, entre elas a endocardite bacteriana.

Você sabia que essa doença citada acima é resultado de uma bactéria presente na boca pode e pode causar infecções graves no coração?

Neste texto iremos reunir informações necessárias para entender como é a endocardite bacteriana, desde causas até o tratamento. Tenha uma boa leitura!

O que é a endocardite bacteriana?

Esse é o nome dado à uma inflamação que acontece na membrana que reveste a parede interna do coração e as válvulas cardíacas, causada por uma contaminação bacteriana.

Segundo estudos realizados pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, a bactéria responsável pela doença é a Streptococcus gordonii, que estimula a formação de coágulos de sangue nas válvulas do coração.

Essa condição leva o paciente em um quadro de insuficiência cardíaca aguda e grave, que quando não diagnosticada e tratada imediatamente, essa doença pode ser fatal

A parede no caso é o endocárdio, que é uma membrana serosa, fina e lisa que reveste a superfície interna do miocárdio e as válvulas cardíacas.

Ele é formado por tecido epitelial, próprio para esse fim (nas artérias e veias, recebe o nome especial de endotélio), essa camada da parede cardíaca evita a agregação das plaquetas e a formação de trombos.

A contaminação é originada na cavidade oral e pode levar o paciente a uma internação hospitalar, e em casos mais graves, até mesmo à morte. Por isso, ela pode ser classificada em endocardite infecciosa ou não infecciosa.

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Tipos de endocardite

Quando falamos da endocardite infecciosa, é preciso entender que ela é uma doença grave que é causada por micro-organismos que invadem a corrente sanguínea e se instalam em áreas danificadas do revestimento interno do coração (endocárdio).

Além dessa parte, também se alojar em válvulas cardíacas defeituosas ou em próteses instaladas e nas grandes artérias, por isso merece atenção esses casos.

A infecção também pode ser provocada em alguns casos pela entrada dos fungos e vírus no organismo, porém essa possibilidade é em um número bem menor.

Os demais casos, ocorrem quando bactérias de virulência variada – capacidade que um vírus ou bactéria possui de multiplicar dentro de um organismo, provocando doenças – presentes em outras regiões do corpo, conseguem penetrar na corrente sanguínea (episódio conhecido por bacteremia), e se fixam no coração.

Por esse fator que a doença tem este nome, endocardite bacteriana, pelo qual ela também é classificada.

No caso da endocardite infecciosa, ela se divide em:

A endocardite infecciosa aguda, que se desenvolve repentinamente e pode trazer risco à vida em questão de dias.

Já a endocardite infecciosa subaguda (também chamada endocardite bacteriana subaguda) desenvolve-se de forma gradual e sutil ao longo de um período de semanas a vários meses, mas também pode trazer risco à vida.

A endocardite não infecciosa, também chamada de endocardite trombótica não infecciosa. Porém, por ser uma doença de baixa incidência, acaba não tendo tanta relevância.

Ela é provocada pela formação de um coágulo de plaquetas e fibrina (vegetações), mas não infectadas, nas válvulas cardíacas e no endocárdio adjacente, como manifestação secundária de diferentes problemas de saúde.

Como os casos das doenças autoimunes, por exemplo:

  • Lúpus eritematoso sistêmico (endocardite de Libman Sacks);
  • Febre reumática;
  • Traumas físicos;
  • Câncer de pulmão, estômago e pâncreas;
  • Tuberculose, pneumonia, entre outras.

É importante destacar que tanto na endocardite infecciosa como na não infecciosa, os trombos podem soltar-se dessas vegetações e serem carregados pela corrente sanguínea e assim causam a obstrução de artérias à distância.

Neste texto iremos focar na infecciosa, então fique atento para não as confunda, mas caso sinta algum sintoma, busque o profissional especializado.

Endocardite bacteriana causas

Agora que você já sabe como é a doença e os tipos dela, é importante saber o que causa ela, para que assim possa se prevenir da melhor forma possível.

Ocorre a infecção quando os germes entram na corrente sanguínea e viajam até o coração (em alguns casos, já apresentam alguma condição de saúde pré-existente) e se ligam às suas válvulas ou tecido.

Na maior parte dos casos a infecção é causada por uma bactéria, mas fungos ou outros microrganismos também podem ocasionar a doença.

O vírus ou bactéria pode entrar na corrente sanguínea através das seguintes condições:

  • Atividades como escovar os dentes ou mastigar alimentos, especialmente se os dentes e gengivas não são saudáveis
  • Áreas com infecções, seja uma infecção de pele, intestino, ou até uma doença sexualmente transmissível
  • Cateteres ou agulhas
  • Procedimentos dentais, por exemplo, os que causam cortes nas gengivas.

Normalmente, o sistema imunológico é responsável por destruir as bactérias que conseguem acessar a corrente sanguínea.

Mas caso alcancem o coração, não quer dizer necessariamente que causarão, uma infecção, porém, sempre é preciso estar de olho a qualquer anormalidade.

A partir disso é que é possível perceber que a maioria das pessoas que desenvolvem endocardite tem uma doença ou um dano no coração, especialmente nas válvulas, ou seja, possuem as condições ideais para as bactérias se instalarem.

Endocardite bacteriana sintomas

Endocardite bacteriana sintomas

Muitos dos sintomas da infecção são semelhantes aos de outras doenças. Além disso, a intensidade e a frequência podem variar de um doente para outro.

Identificar os sintomas da endocardite é importante porque pessoas com:

  • Problemas nas válvulas cardíacas;
  • Válvulas artificiais no coração;
  • Defeitos congênitos;
  • Histórico de endocardite anterior;
  • Com outros problemas cardíacos;
  • Com cáries e problemas nos dentes e gengivas;

Ou com histórico de uso de drogas injetáveis são mais favoráveis a desenvolver endocardite, por isso precisam ficar atentos.

Fora o grupo de riscos, alguns dos sintomas aparentes da endocardite bacteriana são:

  • Aparecimento de um sopro cardíaco novo ou alteração no som de um sopro já instalado (em caso que já possuem esse tipo de dano no coração);
  • Febre alta, calafrios, suores noturnos indicativos da bacteremia;
  • Inchaço nos pés, pernas e abdômen;
  • Fadiga intensa;
  • Dor nos músculos, nas articulações e no peito;
  • Perda de peso e falta de apetite;
  • Aumento do baço;
  • Pequenas manchas vermelhas ou arroxeadas na pele, no branco dos olhos;
  • Nódulos macios nas pontas dos dedos das mãos e dos pés;
  • Áreas de sangramento não dolorosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés;
  • Hemorragias na retina e nos olhos.

Fatores de riscos da endocardite bacteriana

Além dessas razões, dados do Instituto do Coração revelam que um em cada quatro pacientes com endocardite vão a óbito. As complicações são muitas.

Por isso, é importante identificar pessoas que tenham algum tipo de descuido na higiene bucal para que seja corrigido o problema. Além disso, é importante que seja feita uma reeducação no que se refere aos cuidados com a saúde bucal.

Como citado acima, pessoas que fazem uso de drogas ilícitas injetáveis estão em alto risco de endocardite, isso se dá porque há risco de injetarem bactérias diretamente na corrente sanguínea por agulhas, seringas ou soluções de drogas contaminadas.

Já as pessoas com uma válvula cardíaca artificial também estão em alto risco, porque tem uma maior incidência durante o primeiro ano após a cirurgia de válvula cardíaca.

Depois do primeiro ano, o risco diminui, mas ainda permanece alto, podendo chegar até mais do que o normal.

Por razões desconhecidas, o risco é sempre maior com uma válvula aórtica artificial do que com uma válvula mitral artificial, bem como com uma válvula mecânica do que com uma válvula feita a partir de tecido animal.

Estudos da Universidade de Bristol, na Inglaterra, mostram que a endocardite é mais comum em homens, de faixa etária entre 45 e 70 anos, que apresentem indícios de falta de higienize bucal adequada.

Diagnóstico da endocardite bacteriana

Para identificar a endocardite bacteriana, é necessário fazer um exame físico, para se ter o levantamento dos sintomas que o doente pode vir a apresentar.

Um exame para ajudar nisso é o da hemocultura, que é um exame de sangue que tem se mostrado indispensável para identificar o tipo de bactéria responsável pela infecção e orientar o tratamento.

Outro exame que também é importante é o ecocardiograma, que por meio de ondas sonoras, ele permite construir imagens do coração, de modo que reproduz as condições em que se encontram as válvulas cardíacas e reconhecem a presença de coágulos, se houver.

A tomografia computadorizada e ressonância magnética são outros exames de imagem, que em determinadas circunstâncias podem ser necessários para que haja o reconhecimento das vegetações características da endocardite bacteriana.

É preciso redobrar os cuidados diante da possibilidade de um diagnóstico de endocardite bacteriana subaguda, uma vez que no início os sintomas são imprecisos e podem ser confundidos com os de outras doenças.

Endocardite bacteriana tratamento

Apesar de ser uma doença que não tem cura, não significa que é o fim. Com o tratamento adequado e as devidas prevenções, é possível conviver com a doença.

É recomendado de que o tratamento para a endocardite bacteriana comece assim que for identificado, que assim é possível controlar qualquer tipo de contaminação.

Destaco que o tratamento deve ser realizado em um ambiente hospitalar, já que é necessário ter a indicação de doses altas de antibióticos por via endovenosa durante várias semanas.

O maior objetivo dos exames é evitar que lesões nas válvulas cardíacas e complicações da doença possam se tornar consequências irreparáveis.

Por isso, é aconselhável que enquanto os testes de hemocultura não forem conclusivos, sejam prescritos antibióticos de amplo espectro – aqueles capazes de cobrir o maior número de bactérias suspeitas, por um profissional especializado.

Quando não for possível controlar a infecção a tempo de evitar danos às válvulas, a cirurgia pode ser um recurso para corrigir o defeito e melhorar a função cardíaca.

Prevenindo a endocardite bacteriana

Por ser uma doença grave, a melhor opção é evitar a endocardite. Por isso, é importante manter a saúde bucal em dia, como manter as visitas ao dentista.

Além disso, fazer um check-up odontológico periodicamente. Isso porque o surgimento da doença está diretamente ligado a problemas de saúde bucal.

Outros casos que precisam estar atentos são para aqueles que gostam de fazer tatuagens ou usa piercings. Fique de olho durante o processo de cicatrização para que não aconteça nenhum tipo de risco de infecções que possam trazer complicações.

Vale ressaltar que pessoas que tenham a endocardite bacteriana conseguem ter uma boa qualidade de vida, mesmo tendo que conviver com a doença.

Para que isso ocorra da melhor forma possível, o paciente precisa ter cuidados intensos com sua saúde bucal e a do coração, pois, assim, estará evitando o surgimento de outros problemas.

Como a higiene bucal evita a endocardite

Uma forma de evitar passar por todos os transtornos que a endocardite pode traze para sua vida, a prevenção é sem dúvidas a melhor opção.

Ao manter a higiene bucal em dias você evita que as bactérias presentes na boca que cheguem à corrente sanguínea.

Todos sabemos que é necessário escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia — ou seja, logo após as principais refeições. Por causa da correria do dia a dia, muitos acabam deixando esse hábito de lado.

Porém, uma forma de manter seus dentes e boca saudáveis é criar uma rotina de higiene bucal. Para que isso aconteça, você pode seguir estas dicas:

  • Escove seus dentes logo ao acordar: antes mesmo de tomar café da manhã, higienize os dentes. Isso garante que a película formada durante a noite não seja engolida, evitando que diversas bactérias entrem em seu organismo;
  • Faça a limpeza bucal após consumir determinados alimentos: especialmente os alimentos açucarados, a fim de evitar as cáries; o café, que pode causar manchas nos dentes, e as bebidas alcoólicas, que diminuem a produção de saliva e colaboram para a proliferação de bactérias;
  • Tenha uma rotina de higiene noturna: dando atenção maior à escovação, visto não haver a correria tão comum durante o dia.

Além dessas de cima, você pode seguir as seguintes dicas também:

  • Use sempre fio dental;
  • Troque a escova de dentes a cada três meses;
  • Tenha um kit de higiene bucal sempre por perto;
  • Dê atenção aos alimentos consumidos.

Por inúmeros motivos que incluem desde o medo a falta de tempo, é comum as pessoas deixarem para ir nesse profissional apenas quando já estão com dor ou notam que algo não está correto com seus dentes.

Portanto, é primordial que quando o assunto é cuidar da saúde bucal, é o de visitar o dentista, ao menos, a cada seis meses.

Você pode agilizar esse processo agendando sua avaliação gratuita conosco aqui!

E se gostou do nosso texto, tem alguma dúvida ou sugestão pode deixar nos comentários que será um prazer responde-los.

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